Operação padrão da PF causa filas no Aeroporto de Congonhas

Servidores da Polícia Federal fazem paralisação nesta quarta em todo país.
Emissão de passaportes foi prejudicada durante o dia em São Paulo.
Além da suspensão da liberação de passaportes, o dia de paralisação da Polícia Federal causou mais transtornos em São Paulo. Na tarde desta quarta-feira (19), os passageiros que tentavam embarcar no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, tiveram que enfrentar filas durante quase uma hora. Das 14h até as 14h40, os servidores da PF montaram uma operação padrão nos portões de embarque para denunciar a falta de segurança no local.
Os funcionários verificaram a identidade de cada passageiro, o que foi suficiente para que as filas se formassem. “Fizemos algo simples que é checar a identidade de cada um, algo que não conseguimos fazer diariamente por falta de estrutura”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal em São Paulo (Sindpolf-SP), Rogério Almeida Lopes.
De acordo com Lopes, qualquer um pode trocar de lugar com um passageiro que tenha feito check-in e passar pela revista. “Não faz muito tempo que as companhias aéreas começaram a pedir a identidade na hora do embarque. Mas aqui, nem a Infraero nem a Polícia Civil nem nós conseguimos fazer isso”, disse.
Os servidores aguardam agora uma reunião em Brasília da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) com representantes do Ministério do Planejamento para decidir o futuro do movimento. Eles pedem reajuste de 24%, mas, segundo Lopes, na quinta-feira (20) toda a categoria volta ao trabalho.
O presidente do sindicato reclama das perdas salariais dos servidores da PF. “Tínhamos o salário inicial mais alto entre os servidores de carreiras de estado. Hoje é o mais baixo de todos”, disse. O salário inicial da categoria é de R$ 7,5 mil.
Durante a manhã, o movimento foi intenso na sede da PF, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. Na porta do edifício, funcionários deixavam entrar apenas as pessoas que tinham agendado atendimento para a retirada de passaporte e que estavam com viagem marcada. Houve filas e muita gente voltou para casa sem o documento.
Fonte: Emilio Sant'Anna, do G1 SP

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